Meirelles iniciou sua carreira profissional aos 17 anos de idade, tocando saxofone no conjunto de João Donato. Em seguida, mudou-se para São Paulo (SP), onde atuou com o pianista Luís Loy. De volta ao Rio de Janeiro, formou o grupo instrumental Copa 5, com o qual se apresentou no Bottle's Bar do Beco das Garrafas (RJ) e composto por músicos de alto calibre, todos ligados à bossa nova: Luiz Carlos Vinhas, Dom Um Romão, Manoel Gusmão e Pedro Paulo. Foi a formação que criou o conciso "O Som" (64), com seis clássicos instrumentais de Meirelles.
Tinha apenas 23 anos quando fez para o primeiro disco do então Jorge Ben, "Samba Esquema Novo" (1963), alguns arranjos, entre eles o de "Mas que Nada" e "Chove, Chuva", os primeiros sucessos de Benjor e das músicas brasileiras mais gravadas no mundo. Em entrevista ao Estadão, Meirelles falou de seu arranjo mais famoso, para a canção Mas Que Nada. "É como em New York, New York. Você ouve aquilo e já sabe o que vem", comparou.
Em 65, o conjunto original já estava disperso, o que o moveu a congregar uma nova equipe (da anterior, só restara Gusmão) para elaborar o menos autoral "O Novo Som". Os novos Copa 5 eram Eumir Deodato, Edison Machado, Roberto Menescal e Waltel Branco.
Meirelles contou que procurava ter sempre a mesma "atitude ingênua" que tinha aos 20 anos em relação à música. "Não tínhamos som, luz, mídia, mas ainda assim era a música que a gente gostava de fazer. Tinha consciência de que a palavra jazz tinha ligação direta com a cultura americana. Foi o veículo em que aprendi a tocar e a me desenvolver como músico. Hoje a minha preocupação é fazer as coisas cada vez mais simples e com mais brasilidade, mas sem desviar daquilo que já vinha fazendo."
Fontes: site Folha e Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário