segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Oscar Peterson Trio - A Gal In Gallico (1958)

Oscar Peterson em ação com seu trio, Ray Brown no baixo e Herb Ellis na guitarra, em 1958.

Oscar Peterson

Morre o pianista e compositor de jazz Oscar Peterson

Reuters

O músico Oscar Peterson durante apresentação na Suíça (16/07/2005)

O músico Oscar Peterson durante apresentação na Suíça (16/07/2005)


MONTREAL, Canadá, 24 dez 2007 (AFP) - O pianista e compositor de jazz canadense Oscar Peterson morreu na noite de domingo (23), vítima de complicações renais, em sua casa em Toronto, aos 82 anos, anunciaram nesta segunda-feira a cadeia de televisão CBC e a Rádio-Canadá.

Um dos nomes mais importantes do jazz, Oscar Peterson nasceu em Montreal em 15 de agosto de 1925 de uma família modesta de origem antilhana. Começou sua carreira em 1943, tornando-se o primeiro músico negro de uma orquesta de baile popular na metrópole de Québec.

Sua carreira tomou impulso em 1949 quando o empresário norte-americano Norman Granz apresentou-o nos Estados Unidos como convidado surpresa na orquesta Jazz at the Philharmonic, com os maiores músicos americanos, em um concerto no Carnegie Hall de Nova York.

Esta breve apresentação, aos 24 anos, causou sensação e marcou o início de sua carreira internacional.

A partir de então, realizou regularmente turnês pela Europa, algumas vezes na companhia da cantora Ella Fitzgerald.

Entre os numerosos outros artistas com os quais trabalhou figuram Roy Eldridge, Stan Getz, Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Joe Pass, Ben Webster, Louis Armstrong e Lester Young.

Depois de 50 anos de sucesso, em 1993, durante um espetáculo em Nova York, sofreu um acidente cérebro-vascular. Terminou, no entanto, o concerto, mas teve que cancelar uma turnê européia.

Após esse problema de saúde continuou compondo, mas em um ritmo mais lento, e teve que renunciar, em 2007, à participação em um festival de jazz de Toronto.

fonte: http://musica.uol.com.br/ultnot/afp/2007/12/24/ult280u1554.jhtm

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Sansa Trio - Disa (1964)

Ritmo e sofisticação*

A gravadora paulistana Som Maior especializou-se em samba-jazz, tendo em seu cast os principais grupos do gênero. Um dos melhores foi o Sansa Trio, formado pelo maestro José Briamonte (piano, arranjos), José Ordoñez (baixo) e Lauro Bonilha (bateria). Neste disco, de 1964 - relançado pela série Som Livre Masters, coordenada por Charles Gavin, o trio contou com a participação de Severino Silva (trombone), Benedito Santos (trombone) e Magno D’Alcântara (trompete).

O repertório reúne clássicos da Bossa Nova, composições de José Briamonte e um standard, Samba Em Blue, do saxofonista Sonny Rollins. Vale lembrar que o LP foi lançado logo após o histórico concerto de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York, que projetou o gênero para o mundo, daí Rollins ter se inspirado a criar o tema.

Entre os clássicos bossanovistas, Primavera (Carlos Lyra/Vinícius de Moraes), Você (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli), Samba de Verão (Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle) e Vivo Sonhando (Tom Jobim). Os temas de Briamonte são Gismi, Jolau e Sansa. Além da perícia dos músicos e da qualidade dos arranjos, interessante notar o contraponto entre piano e sopros, mesclando jazz, Bossa Nova e samba de gafieira. Em tempo: sansa é um instrumento de percussão de origem africana.

A música que aqui, pode ser escutada chamada Disa, composição de Johnny Alf, é a que considero como uma das melhores, e que serve de exemplo de como esse trio tinha uma pegada diferenciada em seus arranjos.

*texto adaptado de TONINHO SPESSOTO para jc online

http://jc.uol.com.br/2006/03/20/not_108587.php

Sansa Trio - Disa

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ike Turner


Morreu nesta quarta-feira dia 12 de dezembro aos 76 anos de causa não confirmada, Ike Turner, que nasceu Izear Luster Turner em 5 de novembro de 1931 em Clarksdale (Mississípi).

Viveu um problemático casamento com a cantora Tina Turner, mas que rendeu grandes canções e um filme Tina em 1993. Apesar de ter sido uns dos pais do rock"n"roll, pela gravação de Rocket 88, tocando piano no disco de Jackie Brensten em 1951, sua imagem ficou ruída por anos pelos maus tratos a Tina e nos últimos tempos vinha se recuperando, excrusionando com sua nova banda e longe dos escândalos que marcaram sua vida. No Grammy 2007, ganhou o prêmio na categoria de melhor álbum de blues, por "Risin' With the Blues".

Para ouvir (show gravado em 24.04.1974):

http://www.captainsdead.com/2007/12/10/in-the-land-of-the-skunks-he-who-has-half-a-nose-is-king/

Maiores informações:

http://musica.uol.com.br/ultnot/efe/2007/12/12/ult1819u1136.jhtm

http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL215603-7085,00-MORRE+IKE+TURNER+EXMARIDO+DE+TINA.html

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Banda Black Rio - 1981 - Cravo e Canela

A fantástica Banda Black Rio, com muita elegância interpretando Cravo e Canela de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, que está no LP Gafieira Universal (1978). Neste vídeo aparecem os nomes do time completo dos músicos que tocam no programa e que eram a Black Rio naquele momento. A irmã do guitarrista Cláudio Stevenson, chamada Lívia, é que está postando esses vídeos rarissímos da banda. Parabéns a ela pela iniciativa de resgatar essa obra.

http://rapidshare.com/files/13667741/BBRGafieiraUniv.zip

Márcio Montarroyos


O trompestista Márcio Montarroyos faleceu no Rio de Janeiro nesta quarta-feira dia 12 de dezembro, vítima de câncer no pulmão aos 59 anos. Começou na Turma da Pilantragem e ao longo dos seus 40 anos de carreira, trabalhou acompanhando diversos artistas, como Tom Jobim, Ella Fitzgerald, Stevie Wonder, entre outros. Também fez discos como solista, lançando os LP's Sessão Nostalgia (1973), Stone Alliance (1977), Piston Internacional (1981), Magic Moment (1982), Carioca (1984) e Samba Solstice (1987), e em 1973 participou da trilha sonora da novela O Carinhoso.

Aqui presto minha homenagem a um grande músico brasileiro e que com toda certeza será ainda muito lembrado e ouvido.

Maiores informações:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u354222.shtml

http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art94743,0.htm

http://musica.terra.com.br/interna/0,,OI2147743-EI1267,00.html

http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL214924-7085,00-MORRE+O+TROMPETISTA+BRASILEIRO+MARCIO+MONTARROYOS.html

Baixe aqui - Piston Internacional (1981):

http://rapidshare.com/files/62404978/MarcioMontarroyosPistonInternacional-zl.zip

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

João Donato Trio - Amazonas - TV Cultura (1989)

João Doanto, nasceu em Rio Branco no dia 17.08.1934, é pianista, arcodeonista, arranjandor e compositor. Veio morar com a família no Rio de Janeiro em 1945, onde começou sua carreira artística.

Iniciou sua trajetória em 1949 tocando com o lendário flautista Altamiro Carrilho, neste mesmo ano participou de sua primeira gravação. Em 1953 formou sua própria banda, que chamava "Donato e seu Conjunto" e começou a gravar seus primeiros discos de 78 rpm. No final dos anos 50 tocou com João Gilberto e se apresentou, fazendo parte da Orquestra do Maestro Copinha no Copacabana Palace.

Em 1959 viajou para o México com Elizeth Cardoso e logo se transferiu para os Estados Unidos e de lá voltou apenas em 1962, casado e com a experiência de tocar com Cal Tjader e Tito Puente por exemplo. Em 1963 gravou seu clássico LP Muito À Vontade, pela gravadora Polydor com Milton Banana na bateria e Tião Neto no contrabaixo e também lançou A Bossa Muito Moderna de João Donato Trio.

Voltou aos Estados Unidos e ficou por dez anos, regressando ao Brasil em 1972. Sua nova passagem americana deixou registrados LP's como A Bad Donato de 1970, uma "pedreira" jazz-funk com participação do contra-baixista Ron Carter. Segundo a lenda, parece que a gravadora pagou Donato antes da gravação e ele saiu comprando tudo que era teclado para experimentar no disco que acabou mais de 30 anos depois se tornando uma referência, pois na época não foi muito bem aceito, e Donato - Deodato com arranjos de Eumir Deodato, sendo discoteca básica dos dois artistas.

Na sua volta às terras tropicais registrou Quem é Quem (1972) pela Odeon e Lugar Comum (1975) pela Phonogram, participou de muitos discos, como o da estréia de Emílio Santiago em 1975 pela CID e Orlandivo em 1977 pela Odeon, entre outros. João Donato, continua na estrada, fazendo shows, tocando com muitos artistas e lançando seus cd's e dvd's.

Esse vídeo é um especial feito em 1989 para a TV Cultura, com o acomapnhamento dos músicos Luiz Alves no baixo e Robertinho Silva, bateria. A música é Amazonas que está incluída em várias gravações do próprio Donato.


http://rapidshare.com/files/13090345/DonatoDeodato-zl.zip




http://rapidshare.com/files/13795815/Donatoavontade-zl.zip

Tânia Maria - Come With Me - NorthSea Jazz (1982)

Maranhense de São Luís, Tânia Maria cresceu em Volta Redonda, no interior do Rio de Janeiro. Ainda cursava o conservatório, aos 12 anos, quando foi vencedora do programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Nacional.

Um ano depois já liderava seu conjunto, tocando em bailes, numa época em que mulheres instrumentistas eram raras. "Eu vivia cercada por homens. Muitas vezes entrava num lugar, e o baterista começava a tocar uma valsinha para me gozar", relembra.

Antes de deixar o Brasil nos anos 70 para morar na França, ela gravou dois discos que só deram uma pálida idéia do estilo emotivo e suingado que veio a desenvolver mais tarde.

O disco "Apresentamos Tânia Maria" (1969) exibia seus vínculos com a bossa nova e o samba-jazz. "Olha Quem Chega" (1971) já refletia o ambiente da MPB naquele momento, aberta a fusões com a música pop e o jazz. "Sendo filha da bossa, o jazz sempre esteve muito perto de mim. Essas foram influências que me permitiram construir o que eu faço hoje", resume a cantora.

Ao assinar contrato com a gravadora norte-americana Concord, no início dos anos 80, Tânia já se mostrava madura e confiante. Além das composições próprias que apresentou nos álbuns "Piquant" (1981) e "Taurus" (1982), a exuberância de seus vocais e a alta energia de seus improvisos ao piano conquistaram até o influente crítico de jazz Leonard Feather.

"Consegui alugar uma casa lá nos Estados Unidos, só mostrando o que ele escreveu na capa do meu disco", diverte-se.

A essa altura, Tânia já vinha causando impacto em clubes e festivais de jazz dos EUA. A indicação de "Come with Me" (1983) para o Prêmio Grammy de melhor performance de jazz estabeleceu seu nome entre as principais cantoras desse gênero.

Duas décadas mais tarde, vivendo de novo na França, hoje a cantora se mostra bem crítica frente ao mercado que a transformou em estrela.

"O jazz está sendo segregado nos Estados Unidos. Os clubes que ainda existem lá são caríssimos, e isso afasta as pessoas. Até hoje a Europa foi, e acho que será sempre, a maior fã do jazz. Está todo mundo tocando aqui, onde posso me exprimir mais na minha língua", diz Tânia, que praticamente deixou de cantar em inglês, nos últimos anos. "Para o ouvido do europeu, a nossa língua soa mais sensual."

A cantora completa: "Estou passando por uma fase que não é de banzo, não é saudosa. Em minha cabeça ainda existe um Brasil lindo, e isso me faz compor dentro dessa atmosfera".

O reencontro com a platéia brasileira e a aparição de Tânia no recém-lançado DVD de Ed Motta seriam indícios de que ela pretende voltar a viver no país? (Tânia Maria ficou de 1974 até 2005 sem fazer shows no Brasil).

"Meu coração continua brasileiro, mas a minha cabeça já não é mais. Não penso em morar no Brasil, mas não deixo de voltar todos os anos. Sem essa vitamina eu não vivo."

*adaptado do texto original de Carlos Calado para o Folha Online de 02.03.2005

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Arthur Verocai - Na Boca do Sol (1972)

Artista carioca, que começou seus trabalhos na época dos grandes Festivais de Música Popular na década de 60. Na década de 70 foi contratado da TV Globo para ser diretor musical e arranjador de programas como Chico City e A Grande Família. Em 1972 pela Continental, lançou seu primeiro e essencial álbum, com belas orquestrações de sopros e cordas bem balanceado com o groove das músicas, como Pela Sombras, Presente Grego e é claro Na Boca do Sol, que foi sampler da música Orris Root Powder do produtor de rap MF Doom, que pegou o trecho incial com o naipe de metais e as passagens entre o refrão. O mais novo cd de Verocai, o ótimo Encore que conta com a participação da banda Azymuth é altamente recomendável.


Conjunto D'Angelo - Muito Incrementado (1968)

Há pouca informação sobre este conjunto que lançou o álbum Incrementado em 1968 e editado pela Equipe. Outras músicas como Vai Nessa, estão em coletâneas gringas de som brasileiro, onde o destaque do grupo são os grooves do orgão Hammond B3, numa levada samba-jovem dançante, estilo Ed Lincoln. O Clube do Balanço regravou Muito Incrementado em seu segundo disco Samba Incrementado.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Banda Black Rio - 1981 - Maria Fumaça

A Banda Black Rio em um programa da TVE, com quatro músicos fundadores, entre eles Oberdan (sax), Cláudio Stevesnon (guitarra), Barrosinho (trompete) e Lúcio (trombone). Completando este time estava Arthur Maia no baixo e Paulinho na bateria. O grupo foi formado na metade da década de 70 e seu som era uma fusão entre o funk e o samba, gravaram três excelentes álbuns e um disco com Caetano Veloso (Bicho Baile Show). O conjunto fez shows até a sua interrupção prematura com o acidente de Oberdan Magalhães em 1984.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Robson Jorge "Tudo Bem" no Fantástico

Nascido no dia 23.04.1954, o carioca Robson Jorge começou a tocar cedo nos bailes e nos anos 70 e 80, juntamente com Lincoln Olivetti, tocou e produziu muitos artistas brasileiros, formando uma dupla de muito sucesso que culminou com um álbum lançado em 1982 - um clássico. Este vídeo faz parte do disco solo que fez por volta de 77-78, editado pela CBS e muito raro, como esse vídeo (um dos seus poucos registros), já que infelizmente ele nos deixou em 1993.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Gabor Szabo - Stormy

Nascido em Budapeste na Hungria, Gabor Szabo um dos mais originais guitarristas de jazz, que em 1956 com 20 anos, fugiu do seu país e se mudou para os Estados Unidos. Após tocar em inúmeros grupos de jazz, começou a gravar seus própios álbuns. Stormy é do disco Gabor Szabo 1969 (1969) - Skye, e foi sampleado pelo cantor John Legend em Save Room, que foi até canção de novela. Gabor faleceu na sua terra natal em 1982.


David McCallum - The Edge

David McCallum, músico e ator escocês, que nos anos 60 gravou alguns álbuns pela Capitol Records, com a produção de David Axelrod. The Edge, música que é do seu disco Music: A Bit More of Me (1968), ficou muito conhecida graças a Dr. Dre que a sampleou para o seu megasucesso The Next Episode.




quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Dexter Wansel - I'll never Forget (My Favourite Disco)


Dexter Wansel, pianista-arranjador-produtor, que contribuiu para o fortalecimento do Philly Sound, trabalhando com a dupla de produtores Gamble e Huff. Em 1979 ele lança seu quarto LP, intitulado Time is Slipping Away (Philadelphia International) e o seu carro-chefe é I'll Never Forget (My Favourite Disco), som bem ao estilo disco-funk imperante naquele momento, mas que funciona muito bem na pista e que teve relativo sucesso.

Azymuth - Jazz Carnival






A banda Azymuth (Zé Bertrami - teclados, Alex Malheiros - baixo e Ivan Conti - bateria) é referência de som instrumental feito no Brasil, durante os anos 70 gravaram e arranjaram muitas trilhas, como exemplo, Melô da Cuíca para a novela Pecado Capital de 1975. Jazz Carnival abre o disco
Light As A Feather (Milestone) lançado em 1979, e é a música de abertura do filme Eu Matei Lúcio Flávio, que mostra a trajetória do policial Mariel Mariscott, seu romance com a prostituta Margarida Maria, viciada em drogas, seus crimes e sua transformação em chefe do Esqu
adrão da Morte.

Nome: Eu Matei Lúcio Flávio Origem: Brasil Ano produção: 1979 Gênero: Policial Duração: 97 min Classificação: 14 anos Direção: Antonio Calmon Elenco: Jece Valadão, Monique Lafond, Maria Lucia Dahl, Anselmo Vasconcelos, Paulo Ramos, Nildo Parente, Otávio Augusto, Maria Zilda Bethlem


Tim Maia - Hadock Lobo Esquina com Matoso

Uma das minhas preferidas do mestre Tim Maia, essa música está no disco Nuvens (1982), lançado independentemente pelo seu selo SEROMA, que nada mais era que as primeiras letras do seu nome: Sebastião Rodrigues Maia. Hadock Lobo Esquina com Matoso narra as figuras que por ali circulavam e que eram da turma de Tim, como o Babulina - apelido de Jorge Ben. "Sonzêra", com um groove dançante e uma letra bem-humorada, o Sindíco "quebra-tudo" nesse som!!!



quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Antonio Carlos Jobim and Gerry Mulligan - One Note Samba

Tom Jobim ao piano, na casa de Gerry Mulligan, ensaiando e conversando sobre a estrutura musical de Samba de Uma Nota Só (One Note Samba), muito classe esse vídeo.

Tom Browne - Funkin' For Jamaica

O trompestista Tom Browne gravou essa "pedrada" funk em 1980 e que está no seu disco Love Approach, essa música também foi sampleada pela Mariah Carey. Esse som tem uma linha de baixo sensacional, curto muito esse som!!!

Jorge Ben - Namorado da Viúva

Mais uma raridade em vídeo de Jorge Ben no programa Fantástico de 01.12.1974, extraída de seu excelente e essencial "Tábua de Esmeralda".

Trouble Man (1972) - trailer

Trailer do filme Trouble Man, estrelado por Robert Hooks e no melhor estilo "Black Soul Foda", a trilha sonora está disponível no post abaixo.

Marvin Gaye - Trouble Man (1972)

Como Black Ceaser de James Brown e Superfly de Curtis Mayfield, Trouble Man é um dos mais belos discos de trilha sonora dos filmes chamados "blaxploitation". Lançando originalmente em dezembro de 1972, pela gravadora Motown, com uma sonoridade da mais pura classe de jazz-soul / funk, vocal e instrumental, ás vezes sombria e melancólica. A genialidade e a maestria de Marvin Gaye pode ser conferida em canções como a bluesy Cleo's Appartment, 'T' Plays It Cool, Poor Abey Walsh, a música tema Trouble Man e Don't Mess With Mister T, um disco essencial e sampleado por muita gente do rap, no Brasil o Racionais Mc's é um exemplo.





















Baixe aqui:


http://www.zshare.net/download/5322019f4c2734/

Al Green - Let's Stay Together

Um dos grandes canários da soul music, cantando uma das mais belas baladas que se tem notícia, neste vídeo datado de 1972, essa música atravessou os tempos e virou "hit" pela sua inclusão na trilha sonora do filme "Pulp Fiction" nos anos 90. Inesquecível!!!

Latimore - It Ain't Whre You Been (1977)

Latimore nascido em 03.09.1939, no estado americano do Tennesse, é o meu primeiro post de soul music, e esse é um bom disco, gravado e lançado pelo selo Glades de Miami. "I Get Lifted" música que fecha o disco, é do melhor calibre dos clássicos do gênero, como também "Sweet Vibrations", e músicas sampleadas pelos rappers como "Let Me Go" por Jay-Z e "Let's Do It In Slow Motion" pelos nova iorquinos do GangStarr, são as principais referências desse LP de um artista pouco divulgado que está na ativa até hoje.


Baixe aqui:

http://www.zshare.net/download/5320916e5bb414/


terça-feira, 27 de novembro de 2007

Cartola - Alvorada - 1974

Cartola no programa MPB Especial exibido pela TV Cultura, e que contava com a participação de Leci Brandão. O compositor considerado um dos maiores sambistas e um dos fundadores da escola de samba Mangueira, durante os anos 60, junto com a sua mulher Zica, abrem o Zicartola, ponto de encontro da nata do samba, e apenas nos anos 70, grava o seu primeiro disco.



Orfeu Negro - 1959



Disco que marca o início da parceria Vinicíus de Moraes e Tom Jobim, "Orfeu Negro" (1959), filmado no Brasil e com a direção do francês Marcel Camus, adaptada da peça escrita pelo própio Vinicíus em 1956. Haroldo Costa interpretou Orfeu, Marpessa Dawn, Eurídice e Lurdes de Oliveira, Mira. O filme ganhou vários prêmios, como por exemplo a Palma de Ouro, no Festival de Cannes (1959). A seguir o texto da contracapa do disco.


Orfeu da Conceição

Texto da contracapa
Vinicius de Moraes, 1956

Poucas histórias terão excitado mais o espírito criador dos artistas que o mito grego de Orfeu, o divino músico da Trácia, cuja lira tinha o poder de tocar o coração dos bichos e criar nos sêres a doçura e o apaziguamento. Êsse sentimento da integração total do homem com a sua arte, num mundo de beleza e harmonia, - que artista não o traz dentro de si, confundido com o próprio impulso que o move para a criação?

Foi por volta de 1942 que eu, uma noite, depois de reler o mito numa velha mitologia grega, senti subitamente nele a estrutura de uma tragédia negra carioca. A lenda do artista que conseguiu, graças ao fascínio de sua música, descer aos infernos para buscar Eurídice, sua bem-amada morta e que, ao perdê-la em definitivo e com ela o gosto de criar e de viver, desencadeou em torno de si a desarmonia, o desespêro de que seria êle a primeira vítima, - essa lenda poderia perfeitamente passar-se num ambiente como o de uma favela carioca, sublimados, é claro, os seus elementos naturais de modo a atingir a elevação do mito.

Em 1953, instado por meu amigo, o poeta João Cabral de Melo Neto, mandei a peça para o concurso de teatro do IV Centenário de São Paulo, havendo o juri por bem honrá-la com uma premiação.

Quando em Maio de 1956, através de um milagroso conjunto de circunstâncias, um amigo propos-me financiar a peça exatamente 24 horas antes de eu tomar meu avião para Paris, onde me encontro em pôsto, um dos problemas mais sérios que me coube resolver foi a escolha do músico, de um compositor que pudesse criar para o Orfeu Negro uma música que tivesse a elevação do mito, uma música que unisse a Grécia clássica ao morro carioca, uma música que reunisse o erudito e o popular - uma música "poética" que, mesmo servindo ao texto, tivesse uma qualidade órfica. Numa conversa com meus amigos Lucio Rangel e Haroldo Barbosa foi-me ponderado o nome do jovem maestro e compositor Antonio Carlos Jobim, com quem eu de raro em raro privara em 1953, nas noites do finado Clube da Chave. Achei a idéia excelente e pus-me imediatamente em contacto com Tom, como é popularmente conhecido, resultando daí não apenas uma parceria, mas uma amizade que hoje sinto de grande importância para nós ambos. Com a idéia de se criar uma ouverture para grande orquestra, que apresentasse os temas principais das personagens de maneira a colocar o espectador, ao abrir do pano, no ambiente emocional da peça, entreguei a Antonio Carlos Jobim a minha valsa “Eurídice", composta em Strasburgo, e que desde então passou a representar para mim o tema romântico de Eurídice no espaço musical da imaginação de Orfeu. Confesso que a excelência do trabalho que me foi sendo pouco a pouco apresentado pelo compositor, excedeu tôdas as minhas expectativas. Usando com grande habilidade elementos dos modos e cadências plagais que criam uma ambiência grega perceptível a qualquer pessoa, Antonio Carlos Jobim partiu realmente da Grécia para o morro carioca num desenvolvimento extremamente homogêneo de temas e situações melódico-dramáticas, fazendo, no final, quando a cena abre, o samba romper sobre o morro onde se deve processar a tragédia de Orfeu. Os sambas criados especialmente para a peça, de parceria nossa, constituíram sem dúvida a parte mais agradável do nosso trabalho. Ao conhecedor de música não escapará na estrutura melódico-harmônica dos mesmos o aproveitamento dessas mesmas cadências plagais de que falei, e que combinam, a meu vêr, maravilhosamente bem com o ritmo negro brasileiro. Esses sambas são, do ponto de vista da peça, as criações populares do sambista Orfeu da Conceição e funcionam de maneira dramática predeterminada comentando a ação e acrescentando-lhe os elementos sem os quais a tragédia não funcionaria: os elementos da música harmonizadora e destruidora que constituiu o privilégio do divino tocador de lira da antiga Trácia.

A grande orquestra da Odeon, composta de 35 elementos, sob a regência do maestro Antonio Carlos Jobim, interpretou, parece-me, extremamente bem a partitura. Notável, sob todos os pontos de vista, o violão de Luiz Bonfá. O nosso caro e grande Bonfá, como é sabido de todos, é responsável pela execução, na orquestra, do violão de Orfeu da Conceição - o que lhe assegura de saída a excelência de qualidade que o mito requer.

Roberto Paiva, escolhido de comum acordo pela Odeon e por nós para cantar neste LP os sambas de Orfeu da Conceição, em nada desmereceu essa confiança. A sua voz de timbre tão agradável, dá em todos os números justamente a interpretação que eles pediam: uma interpretação sóbria e direta, apoiada sobre a melodia e em justa composição com os ricos elementos harmônicos que Antonio Carlos Jobim sobe tão bem criar em todos os seus arranjos.

A capa é do pintor Raimundo Nogueira, êsse querido amigo, a quem agradeço de todo coração.

Vinicius de Moraes

baixe aqui:


http://www.mediafire.com/?1og9y2fw7tx

Zumba Cinco - Moça do Biquini Azul (1966)

O Zumba Cinco gravou um disco em 1964, que irei postar mais tarde. Esse vídeo é do filme "Moça do Biquni Azul", uma película no estilo sol, praia, surf, romances e bossa-nova.

Tenório Jr. - Embalo (1964)


Tenório Jr, pianista e arranjador, gravou em 1964 o disco "Embalo", acompanhado de um time de priemira, os músicos eram Sérgio Barroso (baixo), Milton Banana (bateria), Rubens Bassini (congas), Celso Brando (violão), Neco (guitarra), Pedro Paulo e Maurílio (trompete), Edson Maciel e Raul de Souza (trombone), Paulo Moura (sax alto), J. T. Meirelles e Hector Costita (sax tenor). Na época foi lançado pela gravadora RGE (comprada pela Som Livre), que o reeditou em cd. Um belo disco que abre com a excelente "Embalo", passa por alguns clássicos bossa-novistas como "Consolação" e "Inútil Pisagem", e pelas magníficas e jazzisticas "Nebulosa", "Nectar" e "Sambinha".

Segundo informações do site http://bethsalgueiro.multiply.com:

"Tenório Jr foi protagonista de um dos casos mais macabros da historia da musica brasileira. Em 1976 ele viajou para Buenos Aires, acompanhando Vinicius de Moraes e Toquinho na turnê de um show. No dia 18 de março desse mesmo ano, após uma apresentação no Teatro Grand Rex, Tenório voltou para o Hotel Normandie, onde estava hospedado, dizendo que precisava descansar.

Às três horas da madrugada, deixou um bilhete na porta do quarto de Vinicius, que dizia: "Vou sair para comer um sanduíche e comprar um remédio. Volto logo". Na rua, foi levado preso pela rede clandestina da repressão oficial argentina, na época do ditador Jorge Videla. Torturado durante nove dias, mesmo após ter ficado claro o seu não envolvimento com atividades políticas, morreu com um tiro na cabeça. Deixou sua mulher grávida e quatro filhos. A quinta criança nasceu um mês após o seu desaparecimento.

A embaixada brasileira foi comunicada do assassinato de Tenório Jr, no mesmo mês de março de 1976, mas o governo jamais tomou a iniciativa de se comunicar com os familiares do músico, que não receberam sequer seus restos mortais. Eram tempos muito difíceis aqueles."

Baixe aqui:

http://www.mediafire.com/?dnxydnzd2id






Jorge Ben - Os Alquimistas Estão Chegando os Alquimistas

Jorge Ben em um clipe produzido para o programa Fantástico, na época do lançamento do seu clássico disco "Tábua de Esmeralda" de 1974. Reparem nos alquimistas e os bailarinos, muito "loco"!!!

Primeiro post do blog de Samba & Soul - grooves y batuques, este espaço têm a proposta de coletar, pesquisar e transmitir informações da música, na base da troca e parceiras. Um abraço e sejam bem-vindos!!!!