segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Oscar Peterson Trio - A Gal In Gallico (1958)

Oscar Peterson em ação com seu trio, Ray Brown no baixo e Herb Ellis na guitarra, em 1958.

Oscar Peterson

Morre o pianista e compositor de jazz Oscar Peterson

Reuters

O músico Oscar Peterson durante apresentação na Suíça (16/07/2005)

O músico Oscar Peterson durante apresentação na Suíça (16/07/2005)


MONTREAL, Canadá, 24 dez 2007 (AFP) - O pianista e compositor de jazz canadense Oscar Peterson morreu na noite de domingo (23), vítima de complicações renais, em sua casa em Toronto, aos 82 anos, anunciaram nesta segunda-feira a cadeia de televisão CBC e a Rádio-Canadá.

Um dos nomes mais importantes do jazz, Oscar Peterson nasceu em Montreal em 15 de agosto de 1925 de uma família modesta de origem antilhana. Começou sua carreira em 1943, tornando-se o primeiro músico negro de uma orquesta de baile popular na metrópole de Québec.

Sua carreira tomou impulso em 1949 quando o empresário norte-americano Norman Granz apresentou-o nos Estados Unidos como convidado surpresa na orquesta Jazz at the Philharmonic, com os maiores músicos americanos, em um concerto no Carnegie Hall de Nova York.

Esta breve apresentação, aos 24 anos, causou sensação e marcou o início de sua carreira internacional.

A partir de então, realizou regularmente turnês pela Europa, algumas vezes na companhia da cantora Ella Fitzgerald.

Entre os numerosos outros artistas com os quais trabalhou figuram Roy Eldridge, Stan Getz, Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Joe Pass, Ben Webster, Louis Armstrong e Lester Young.

Depois de 50 anos de sucesso, em 1993, durante um espetáculo em Nova York, sofreu um acidente cérebro-vascular. Terminou, no entanto, o concerto, mas teve que cancelar uma turnê européia.

Após esse problema de saúde continuou compondo, mas em um ritmo mais lento, e teve que renunciar, em 2007, à participação em um festival de jazz de Toronto.

fonte: http://musica.uol.com.br/ultnot/afp/2007/12/24/ult280u1554.jhtm

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Sansa Trio - Disa (1964)

Ritmo e sofisticação*

A gravadora paulistana Som Maior especializou-se em samba-jazz, tendo em seu cast os principais grupos do gênero. Um dos melhores foi o Sansa Trio, formado pelo maestro José Briamonte (piano, arranjos), José Ordoñez (baixo) e Lauro Bonilha (bateria). Neste disco, de 1964 - relançado pela série Som Livre Masters, coordenada por Charles Gavin, o trio contou com a participação de Severino Silva (trombone), Benedito Santos (trombone) e Magno D’Alcântara (trompete).

O repertório reúne clássicos da Bossa Nova, composições de José Briamonte e um standard, Samba Em Blue, do saxofonista Sonny Rollins. Vale lembrar que o LP foi lançado logo após o histórico concerto de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York, que projetou o gênero para o mundo, daí Rollins ter se inspirado a criar o tema.

Entre os clássicos bossanovistas, Primavera (Carlos Lyra/Vinícius de Moraes), Você (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli), Samba de Verão (Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle) e Vivo Sonhando (Tom Jobim). Os temas de Briamonte são Gismi, Jolau e Sansa. Além da perícia dos músicos e da qualidade dos arranjos, interessante notar o contraponto entre piano e sopros, mesclando jazz, Bossa Nova e samba de gafieira. Em tempo: sansa é um instrumento de percussão de origem africana.

A música que aqui, pode ser escutada chamada Disa, composição de Johnny Alf, é a que considero como uma das melhores, e que serve de exemplo de como esse trio tinha uma pegada diferenciada em seus arranjos.

*texto adaptado de TONINHO SPESSOTO para jc online

http://jc.uol.com.br/2006/03/20/not_108587.php

Sansa Trio - Disa

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ike Turner


Morreu nesta quarta-feira dia 12 de dezembro aos 76 anos de causa não confirmada, Ike Turner, que nasceu Izear Luster Turner em 5 de novembro de 1931 em Clarksdale (Mississípi).

Viveu um problemático casamento com a cantora Tina Turner, mas que rendeu grandes canções e um filme Tina em 1993. Apesar de ter sido uns dos pais do rock"n"roll, pela gravação de Rocket 88, tocando piano no disco de Jackie Brensten em 1951, sua imagem ficou ruída por anos pelos maus tratos a Tina e nos últimos tempos vinha se recuperando, excrusionando com sua nova banda e longe dos escândalos que marcaram sua vida. No Grammy 2007, ganhou o prêmio na categoria de melhor álbum de blues, por "Risin' With the Blues".

Para ouvir (show gravado em 24.04.1974):

http://www.captainsdead.com/2007/12/10/in-the-land-of-the-skunks-he-who-has-half-a-nose-is-king/

Maiores informações:

http://musica.uol.com.br/ultnot/efe/2007/12/12/ult1819u1136.jhtm

http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL215603-7085,00-MORRE+IKE+TURNER+EXMARIDO+DE+TINA.html

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Banda Black Rio - 1981 - Cravo e Canela

A fantástica Banda Black Rio, com muita elegância interpretando Cravo e Canela de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, que está no LP Gafieira Universal (1978). Neste vídeo aparecem os nomes do time completo dos músicos que tocam no programa e que eram a Black Rio naquele momento. A irmã do guitarrista Cláudio Stevenson, chamada Lívia, é que está postando esses vídeos rarissímos da banda. Parabéns a ela pela iniciativa de resgatar essa obra.

http://rapidshare.com/files/13667741/BBRGafieiraUniv.zip

Márcio Montarroyos


O trompestista Márcio Montarroyos faleceu no Rio de Janeiro nesta quarta-feira dia 12 de dezembro, vítima de câncer no pulmão aos 59 anos. Começou na Turma da Pilantragem e ao longo dos seus 40 anos de carreira, trabalhou acompanhando diversos artistas, como Tom Jobim, Ella Fitzgerald, Stevie Wonder, entre outros. Também fez discos como solista, lançando os LP's Sessão Nostalgia (1973), Stone Alliance (1977), Piston Internacional (1981), Magic Moment (1982), Carioca (1984) e Samba Solstice (1987), e em 1973 participou da trilha sonora da novela O Carinhoso.

Aqui presto minha homenagem a um grande músico brasileiro e que com toda certeza será ainda muito lembrado e ouvido.

Maiores informações:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u354222.shtml

http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art94743,0.htm

http://musica.terra.com.br/interna/0,,OI2147743-EI1267,00.html

http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL214924-7085,00-MORRE+O+TROMPETISTA+BRASILEIRO+MARCIO+MONTARROYOS.html

Baixe aqui - Piston Internacional (1981):

http://rapidshare.com/files/62404978/MarcioMontarroyosPistonInternacional-zl.zip

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

João Donato Trio - Amazonas - TV Cultura (1989)

João Doanto, nasceu em Rio Branco no dia 17.08.1934, é pianista, arcodeonista, arranjandor e compositor. Veio morar com a família no Rio de Janeiro em 1945, onde começou sua carreira artística.

Iniciou sua trajetória em 1949 tocando com o lendário flautista Altamiro Carrilho, neste mesmo ano participou de sua primeira gravação. Em 1953 formou sua própria banda, que chamava "Donato e seu Conjunto" e começou a gravar seus primeiros discos de 78 rpm. No final dos anos 50 tocou com João Gilberto e se apresentou, fazendo parte da Orquestra do Maestro Copinha no Copacabana Palace.

Em 1959 viajou para o México com Elizeth Cardoso e logo se transferiu para os Estados Unidos e de lá voltou apenas em 1962, casado e com a experiência de tocar com Cal Tjader e Tito Puente por exemplo. Em 1963 gravou seu clássico LP Muito À Vontade, pela gravadora Polydor com Milton Banana na bateria e Tião Neto no contrabaixo e também lançou A Bossa Muito Moderna de João Donato Trio.

Voltou aos Estados Unidos e ficou por dez anos, regressando ao Brasil em 1972. Sua nova passagem americana deixou registrados LP's como A Bad Donato de 1970, uma "pedreira" jazz-funk com participação do contra-baixista Ron Carter. Segundo a lenda, parece que a gravadora pagou Donato antes da gravação e ele saiu comprando tudo que era teclado para experimentar no disco que acabou mais de 30 anos depois se tornando uma referência, pois na época não foi muito bem aceito, e Donato - Deodato com arranjos de Eumir Deodato, sendo discoteca básica dos dois artistas.

Na sua volta às terras tropicais registrou Quem é Quem (1972) pela Odeon e Lugar Comum (1975) pela Phonogram, participou de muitos discos, como o da estréia de Emílio Santiago em 1975 pela CID e Orlandivo em 1977 pela Odeon, entre outros. João Donato, continua na estrada, fazendo shows, tocando com muitos artistas e lançando seus cd's e dvd's.

Esse vídeo é um especial feito em 1989 para a TV Cultura, com o acomapnhamento dos músicos Luiz Alves no baixo e Robertinho Silva, bateria. A música é Amazonas que está incluída em várias gravações do próprio Donato.


http://rapidshare.com/files/13090345/DonatoDeodato-zl.zip




http://rapidshare.com/files/13795815/Donatoavontade-zl.zip

Tânia Maria - Come With Me - NorthSea Jazz (1982)

Maranhense de São Luís, Tânia Maria cresceu em Volta Redonda, no interior do Rio de Janeiro. Ainda cursava o conservatório, aos 12 anos, quando foi vencedora do programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Nacional.

Um ano depois já liderava seu conjunto, tocando em bailes, numa época em que mulheres instrumentistas eram raras. "Eu vivia cercada por homens. Muitas vezes entrava num lugar, e o baterista começava a tocar uma valsinha para me gozar", relembra.

Antes de deixar o Brasil nos anos 70 para morar na França, ela gravou dois discos que só deram uma pálida idéia do estilo emotivo e suingado que veio a desenvolver mais tarde.

O disco "Apresentamos Tânia Maria" (1969) exibia seus vínculos com a bossa nova e o samba-jazz. "Olha Quem Chega" (1971) já refletia o ambiente da MPB naquele momento, aberta a fusões com a música pop e o jazz. "Sendo filha da bossa, o jazz sempre esteve muito perto de mim. Essas foram influências que me permitiram construir o que eu faço hoje", resume a cantora.

Ao assinar contrato com a gravadora norte-americana Concord, no início dos anos 80, Tânia já se mostrava madura e confiante. Além das composições próprias que apresentou nos álbuns "Piquant" (1981) e "Taurus" (1982), a exuberância de seus vocais e a alta energia de seus improvisos ao piano conquistaram até o influente crítico de jazz Leonard Feather.

"Consegui alugar uma casa lá nos Estados Unidos, só mostrando o que ele escreveu na capa do meu disco", diverte-se.

A essa altura, Tânia já vinha causando impacto em clubes e festivais de jazz dos EUA. A indicação de "Come with Me" (1983) para o Prêmio Grammy de melhor performance de jazz estabeleceu seu nome entre as principais cantoras desse gênero.

Duas décadas mais tarde, vivendo de novo na França, hoje a cantora se mostra bem crítica frente ao mercado que a transformou em estrela.

"O jazz está sendo segregado nos Estados Unidos. Os clubes que ainda existem lá são caríssimos, e isso afasta as pessoas. Até hoje a Europa foi, e acho que será sempre, a maior fã do jazz. Está todo mundo tocando aqui, onde posso me exprimir mais na minha língua", diz Tânia, que praticamente deixou de cantar em inglês, nos últimos anos. "Para o ouvido do europeu, a nossa língua soa mais sensual."

A cantora completa: "Estou passando por uma fase que não é de banzo, não é saudosa. Em minha cabeça ainda existe um Brasil lindo, e isso me faz compor dentro dessa atmosfera".

O reencontro com a platéia brasileira e a aparição de Tânia no recém-lançado DVD de Ed Motta seriam indícios de que ela pretende voltar a viver no país? (Tânia Maria ficou de 1974 até 2005 sem fazer shows no Brasil).

"Meu coração continua brasileiro, mas a minha cabeça já não é mais. Não penso em morar no Brasil, mas não deixo de voltar todos os anos. Sem essa vitamina eu não vivo."

*adaptado do texto original de Carlos Calado para o Folha Online de 02.03.2005

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Arthur Verocai - Na Boca do Sol (1972)

Artista carioca, que começou seus trabalhos na época dos grandes Festivais de Música Popular na década de 60. Na década de 70 foi contratado da TV Globo para ser diretor musical e arranjador de programas como Chico City e A Grande Família. Em 1972 pela Continental, lançou seu primeiro e essencial álbum, com belas orquestrações de sopros e cordas bem balanceado com o groove das músicas, como Pela Sombras, Presente Grego e é claro Na Boca do Sol, que foi sampler da música Orris Root Powder do produtor de rap MF Doom, que pegou o trecho incial com o naipe de metais e as passagens entre o refrão. O mais novo cd de Verocai, o ótimo Encore que conta com a participação da banda Azymuth é altamente recomendável.


Conjunto D'Angelo - Muito Incrementado (1968)

Há pouca informação sobre este conjunto que lançou o álbum Incrementado em 1968 e editado pela Equipe. Outras músicas como Vai Nessa, estão em coletâneas gringas de som brasileiro, onde o destaque do grupo são os grooves do orgão Hammond B3, numa levada samba-jovem dançante, estilo Ed Lincoln. O Clube do Balanço regravou Muito Incrementado em seu segundo disco Samba Incrementado.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Banda Black Rio - 1981 - Maria Fumaça

A Banda Black Rio em um programa da TVE, com quatro músicos fundadores, entre eles Oberdan (sax), Cláudio Stevesnon (guitarra), Barrosinho (trompete) e Lúcio (trombone). Completando este time estava Arthur Maia no baixo e Paulinho na bateria. O grupo foi formado na metade da década de 70 e seu som era uma fusão entre o funk e o samba, gravaram três excelentes álbuns e um disco com Caetano Veloso (Bicho Baile Show). O conjunto fez shows até a sua interrupção prematura com o acidente de Oberdan Magalhães em 1984.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Robson Jorge "Tudo Bem" no Fantástico

Nascido no dia 23.04.1954, o carioca Robson Jorge começou a tocar cedo nos bailes e nos anos 70 e 80, juntamente com Lincoln Olivetti, tocou e produziu muitos artistas brasileiros, formando uma dupla de muito sucesso que culminou com um álbum lançado em 1982 - um clássico. Este vídeo faz parte do disco solo que fez por volta de 77-78, editado pela CBS e muito raro, como esse vídeo (um dos seus poucos registros), já que infelizmente ele nos deixou em 1993.