quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Ed Lincoln

Eduardo Lincoln Barbosa Sabóia, cearense de 31/05/1932. Chegou ao Rio de Janeiro em 1951 e tocando baixo, logo formou um grupo com o pianista Luís Eça, do qual passaram João Donato, Milton Banana e Baden Powell. Atuou na boate Drink's, no conjunto de danças de Djalma Ferreira, e diz a lenda que certa vez o tecladista Djalma estava doente, Lincoln foi intimado a assumir o órgão, nunca tinha tocado o instrumento, mas sua experiência foi boa e nunca mais abandonou as teclas.

A partir do final dos anos 50 começa acompanhar d
iversos artistas em gravações e nos 60 registra seus primeiros álbuns na Musidisc, gravadora em que também foi produtor musical, e seu conjunto é um dos mais requistados para se apresentar nos bailes, do qual ganha a alcunha de o Rei dos Bailes. "Eu fazia bossa em boates para dançar, por isso tinha um estilo dançante", relembra Ed Lincoln em entrevista à Revista Bizz de agosto de 1999. Em suas orquestras atuaram como crooners os cantores Orlandivo, Toni Tornado, Silvio César, Emílio Santiago, Humberto Garin e Pedrinho Rodrigues. Também atuaram em seus conjuntos diversos músicos consagrados, entre os quais Eumir Deodato, Durval Ferreira, Márcio Montarroyos, Luis Alves, Wilson das Neves, Paulinho Trompete e Celinho.

Nos anos 70 começou a se afastar dos bailes para se dedicar aos estúdios como instrumentista e produtor. Atualmente, tem retomado as atividades com alguns shows e gravando com alguns nomes da nova geração.

Ao Teu Ouvido (1960) Primeiro álbum de Ed Lincoln com seu estilo inconfundível de som do órgão. Destaque para "Saudade Fez Um Samba" de Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli, mais "Se Você Soubesse", "Sedução" e "Carioca".
Órgão Espetacular (Musidisc, 1961) LP com uma das capas mais bacanas, o repertório passeia por standards nacionais como "Aquarela do Brasil", "Teléco-Téco Nº2", "O Amor e a Rosa", uma composição sua com Silvio César "Vivendo e Apredendo", com músicas estrangeiras como "Ai Mourrir Pour Toi" de Charles Aznavour e "Sentimental Journey".
Seu Piano e Seu Orgão Espetacular (Musidisc, 1963) destaque para o repertório bossa nova com "Só danço samba", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes; "Influência do jazz", de Carlos Lyra; "Vamos balançar", de Carlos Imperial, "Balansamba", de Luiz Bandeira; "Um samba gostoso", de sua autoria; "Pra que?", de Silvio César; "Tristeza", de sua autoria e Luiz Bandeira e "Olhou pra mim", de sua parceria com Silvio César.
A Volta (Musidisc, 1964) um de seus melhores trabalhos, em especial por ser a sua volta, após um sério acidente de carro em 1963, que o manteve fora das atividades musicais por cerca de sete meses. As músicas incluídas neste álbum são as excelentes "Ai Que Saudade Dessa Nega", "Palladium", "Na Onda do Berimbau", "Deixe Isso Prá Lá", "Vou Andar Por Aí", "The Blues Walk" entre outras.
Ed Lincoln (Musidisc, 1966) Registro com alguma influência da jovem guarda, nota-se com as divertidas "O Ganso", "É o Cid" e "Ali Tem", mas tem as pedreiras "Cochise" - considerada uma de suas melhores interpretrações com sua levada contagiante, a bossanovista "Balanço Azul" e "Eu Não Vou Mais". (link Blog do Pimentel)
Ed Lincoln (Savoya, 1968) primeiro álbum do seu selo independente Savoya Discos, além de Ed Lincoln no órgão e nos arranjos, os músicos que o acompanham: Durval Ferreira (guitarra), Luiz Marinho (baixo), Alex Papa (bateria), Orlann Divo (vocais), Garin (percussão), Tony Tornado (percussão), Celinho (piston) e Claudinho (piston). Um dos seus discos de maior prestígio, sendo incluisve relançado pela inglesa Whatmusic, os destaques ficam por conta dos títulos "Zum Zum Zum", "Catedral", "Já Estou Aqui", "Sack O'woe (Saca-uô)" e "Waldemar"

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