quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Tamba 4 - We and The Sea (1968)

Álbum de estréia da Tamba como quarteto, We & The Sea (CTI, 1968) que foi gravado e lançado originalmente nos mercado americano, nada mais é do que a canção de Bôscoli e Menescal "Nós e o Mar", outras canções deste belo disco são de autoria de Tom e Vinicius em "O Morro", os afro-sambas de Baden e do poetinha em três momentos, "Iemanjá", "Canto de Ossanha" e "Consolação", mais "Moça Flor" de Durval Ferreira e Luis Fernando Freire e "Dolphin" - composição do pianista Luiz Eça, que compõe o conjunto com Bebeto na flauta, Dorio Ferreira no baixo e Ohana na bateria. Um disco de jazz com levada de samba, elegante e altamente recomendável, com a arte da capa assinada por Pete Turner e Sam Antupit. Este é o último post de 2008 e me despeço agradecendo à todos que visitam o blog e desejando um ótimo final de ano, em 2009 estou de volta. Valeu!!!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Osmar Milito - Nem Paletó, Nem Gravata (1973)

O pianista, arranjador e compositor Osmar Milito registrou o álbum Nem Paletó, Nem Gravata (Continental ,1973) com muito suingue sambalanço, tem Jorge Ben em "Quem Mandou (Pé Na Tábua)" e "Morre o Burro, Fica O Homem", Toquinho e Vinicíus com "Regra Três", Chico Buarque em "Bom Conselho", Ary Barroso na marcha "Eu Dei", Marcos e Paulo Sérgio Valle em "Nem Paletó, Nem Gravata", também presentes compositores como Reginaldo Bessa e Nei Lopes com "Tem Dendê", César Costa Filho e Walter Quéiroz com duas belas músicas "A Briga" e "Dose Prá Leão", Antônio Carlos e Jocafi com "Minhas Razões" - que tem participação de Márcio Lott e prá fechar com chave com ouro, o clássico "Chiclete Com Banana" de Gordurinha e Almira Castilho eternizado por Jackson do Pandeiro. Os arranjos, regências e pianos são de Osmar Milito, que acompanhado de Dario na guitarra e violão, Tião no baixo, Paulinho Batera na bateria, Hermes e Ariovaldo na percussão e ritmo, Wanderley na flauta e sax-alto, Wanderley no piston e o Quarteto Number One nos vocais, gravaram com muita competência este excelente e mítico disco.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Eumir Deodato - Percepção (1972)

Um raro disco do maestro Eumir Deodato, Percepção (Odeon, 1972), é um dos seus álbuns menos comentados, não possui ficha técnica, o que fatalmente reduz as informações sobre essse LP que aparentemente foi lançando apenas no Brasil, com reedição em cd em 2003, e a capa me lembra aqueles discos do Billy Vaughn ou das coletâneas de sucessos em bolero dos anos 70, pela foto deste lago bucólico, mas o considero como um de seus melhores trabalhos. Sublimes arranjos de cordas e metais em uma mistura de jazz, grooves e "easy-listening" nas oito composições do disco, que destaco todas, pela beleza que cada uma possui, mas músicas como a maravilhosa "Bebê" - de Hermeto Pascoal, "A Grande Caçada", "Serendipity", "Dia de Verão" - que está como "Spirit Of Summer" em Prelude, álbum de Deodato lançado no mesmo ano pela CTI, "O Sonho de Judy" e "Barcarole", merecem ser ouivdas com devoção, pois são fantásticas!!!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Bebeto - Rei do Suingue

O "Rei do Suingue", como é conhecido o paulistano Bebeto, cantor, compositor e instrumentista, que começou acompanhando artistas na boate Stardust, em São Paulo, onde aprimorou sua palhetada mágica, até lançar seu primeiro disco em 1975. Quanto as suas influências e a sua maneira de tocar, ele afirma: "Sempre fui roqueiro, mas gostava de música brasileira e de cantar em português, então, inconscientemente, fui criando algo novo". (Bizz, 1999)

Radicado há mais de 25 anos no Rio de Janeiro, o ídolo dos suingueiros faz shows regularmente, "Mesmo sem tocar nas rádios, minhas músicas são cantadas por garotos de 20 anos. Deve passar de pai para filho", comenta o cantor.

Duas obras que simbolizam a sonoridade e a energia de Bebeto:


Esperanças Mil (Copacabana, 1977) segundo álbum de Bebeto, os arranjos de metais são de Sergio Lemke e os de cordas de Waldomiro Lemke. Trabalho intimista que pode ser comprovada em belas canções como: "Nêga Olívia" e "Estou Perdido em Bemóis" - composições de Bedeu, "Esperanças Mil", "Você É A Paz Que Me Acalma" e "Hei, Cara", e nos balanços "Princesa Negra de Angola", "Água, Água" e "Deus Salve Jorge" - homenagem a Jorge Ben.
Cheio de Razão (Copacabana, 1979) é um dos seus maiores sucessos, abre com a levada de "A Beleza é Você, Menina", "Minha Preta" - que na introdução faz uma referência a "Misty Morning" de Bob Marley, "Flecha Negra" em homenagem aos jogadores corintianos campeões paulistas de 1977. Outros destaques ficam por conta das músicas "Apareça", "Penetras", "Meu Astral Está Baixo", "A Vida Está Prá Mim", e a balada "Cheiro de Rosa" da dupla gaúcha Bedeu-Alexandre. Os arranjos ficaram a cargo de José Messias e Sergio Lemke, em um trabalho irrepreensível.