terça-feira, 30 de setembro de 2008

De Savoya (1972)

De Savoya foi um projeto liderado pelo lendário organista Ed Lincoln, tem dois álbuns lançados, o primeiro de 1969 como De Savoya Combo. O álbum seguinte é intitulado apenas como De Savoya (Polydor, 1972) e é uma mistura de funk e sambalanço com pitadas psicodélicas e jazzísticas. Inclui músicas com muito veneno como "Sacode, Sacode", a divertida "O Pai Dela", "Shazam" e "Caramba...Galileu da Galiléia" de Jorge Ben, outras canções como "Peixeiro", "Mandei Buscar", "Ê Tum Dá" e "Fittipaldi", tem levadas mais hipnóticas e forte percussão, destaque especial para a instrumental "Santiago" - uma belissíma composição. Detalhe: "Caramba!..." e "Mandei Buscar", foram também editadas na coletânea Sucessos de Ouro vol. 2 (Polydor, 1972), que traz ainda a rara "O Carona", funk pesadão com Tony e o Som Colorido, composição da dupla Tony & Frankie.

Erlon Chaves e Orquestra Saint Moritz - Procura-se Uma Virgem (1971)

Erlon Chaves assina as composições da trilha sonora do filme Procura-se Uma Virgem (CID, 1971) executada magistralmente pela Orquestra Saint Moritz, infelizmente há poucas informaçõs sobre o álbum, como produção e músicos, mas as canções no estilo e sabor jazz-funk são extraordinárias, as três versões de "Procura-se Uma Virgem" (prefixo, valsa e sufixo), os grooves certeiros de "O Grilo", "Vamos Nós" e "O Anjo e o Diabo", e as jazzys "Uma Velha Bossa" e "Ba Oba Oba". Quanto ao filme, uma comédia pornochanchada, com direção de Paulo Gil Soares e no elenco alguns clássicos atores como Wilson Grey, Hugo Carvana, Henriqueta Brieba, Arduíno Colasanti, Manfredo Colasanti, Carla Santiago, Edna Oliveira, Valentina Godoy e Hugo Bidet.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Carioca, suburbano, mulato e malandro (João Nogueira) Parte2

Carioca, suburbano, mulato e malandro (João Nogueira) Parte1

"Carioca Suburbano Mulato Malandro - João Nogueira" (Jom Tob Azulay, 1979).

O curta-metragem traça um perfil do cantor e compositor João Nogueira, enfocando suas grandes paixões: o samba, a Portela e o Flamengo. Com depoimentos de amigos, como o jornalista Sérgio Cabral. Duração: 13 minutos.

João Nogueira - Vida Boêmia (1978)

O carioca João Nogueira sempre foi fiel ao samba e as suas representações, no disco Vida Boêmia (Odeon, 1978) não é diferente, e conta com todos os ingredientes para o mais puro e verdadeiro samba, como a malandragem, as amarguras amorosas, a fé, as homenagens aos grandes compositores e a poesia, e vale também o registro pelo belissímo projeto gráfico do vinil, a foto da capa com o cantor em primeiro plano e os arcos da Lapa ao fundo, é muita clássica. O álbum começa com a música-título "Vida Boêmia", que discorre sobre a saga de perambular entre os bares da cidade, "Anoiteceu/outra vez vou sair/andar por andar/sem ter onde ir...A minha vida boêmia de bar em bar/é o meu amor sem paz/por um amor vulgar...Do Lama's ao Capela/e da Mem de Sá/passo no bar Luís/e no Amarelinho é que eu vou terminar." Na seqüência, as divertidas "Moda da Barriga" - "Na Globo o galã vai ser o Jô/na Tupi, veja o senhor/vai ser o Sérgio Cabral/na lista dos mais elegantes/as presenças mais contantes/do Tim Maia e o Imperial" e "Baile no Elite", a ecológica "As Forças da Natureza", as crônicas amorosas em "Bate-Boca", "Amor de Fato" e "Maria Rita", a canção "Bela Cigana" tem a participação da cantora Clara Nunes, e para fechar, a carta de Noel Rosa, musicada por João em "Ao Meu Amigo Edgar". Os músicos deste trabalho são: Wilson das Neves (bateria), Luizão (baixo), Dino (violão 7 cordas), Cláudio Jorge e Geraldo Vespar (violão), Manoel do Cavaco e Neco (cavaco), Luna, Elizeu, Marçal e Oswaldo (ritmo), Gordinho (surdo), Maurílio (piston), Roberto Nascimento (guitarra), Ronaldo (flauta), Joel do Bandolim (bandolim), Airton Lima Barbosa (fagote), Aurino (sax), Pareschi (violino solista), Netinho (clarinete), Nelsinho (trombone) e Dinorah, Eurídice, Zenilda, Genaro, Stênio Barbosa, Regina e Mariazinha (coro). Um timaço!!!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Marcos Valle (1983)

Criado na bossa nova, Marcos Valle chegou aos anos 80 mergulhado no pop e no groove. Com produção de seu irmão Paulo Sérgio Valle e de Lincoln Olivetti (mais uma!), Marcos Valle (Som Livre, 1983) é um dos seus mais populares álbuns. O lp abre com a brilhante e melô da malhação "Estrelar", tem uma regravação de "Samba de Verão", as suingadas "Naturalmente" e "Dia D", e a pop "Tapa na Real". Não é um dos seus melhores trabalhos, mas retrata a época e as canções citadas são muito boas.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Lincoln Olivetti e Robson Jorge - Compacto (1984)

A dupla Robson Jorge/Lincoln Olivetti, após o sucesso do seu LP e de assinarem diversas produções com grandes nomes da MPB e de trilhas sonoras, como a do filme "Rio Babilônia", lançaram este compacto pela Som Livre (1984) com composições próprias e que do lado A, contém a balada-estilo-novela "Monalisa" e no lado B, o funkão "Siri Que Marca a Onda Leva", que de leve lembra em alguns momentos "Flashlight" e "Atomic Dog" de George Clinton, sendo essa a música que está postada, e que só foi possível graças a colaboração do DJ Feijão na transformação do analógico para o digital.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Almir Ricardi - Festa Funk (1984)

Nascido no Rio de Janeiro como Almir Lyrio Pereira, teve contato com a black music desde o seu começo aqui no Brasil, pois era amigo de Erasmo Carlos e Tim Maia, de quem fala: "Eu havia gravado um compacto em São Paulo como Almir Duarte e queria levar o Tião - que era como eu o chamava - para a boate Cave, o lugar onde as coisas aconteciam. Tive de convencê-lo com duas latas de leite condensado", disse em entrevista à Revista Bizz de maio de 2000 e aumentando o folclore em torno de Tim, a música "Compadre" (1973), foi composta por ele em sua homenagem. Seu nome artístico definitivo surgiu após a gravação do LP "As Dozes certinhas de Almir Ricardi" no estilo, contra a sua vontade, crooner italiano - mas o nome pegou. Ainda nos anos 70, comandou programas nas TVs Record e Gazeta, onde apresentava vídeos de Earth, Wind & Fire e Tina Turner, e recebia amigos como Erasmo e Tim. Somente nos anos 80 conseguiu se lançar como cantor e a produzir seus hits que encheram as pistas de dança e fizeram barulho nas rádios.

Festa Funk (RGE, 1984) álbum com produção certeira dos magos Robson Jorge & Lincoln Olivetti. Nas gravações Robson Jorge toca Bateria, Guitarra, Baixo, Polysix, Moog, Piano, Vocoder e Vocal, Lincoln toca Piano, Oberheim, Mini-Moog, Digital Drume e efeitos especiais! Os outros músicos são: Fernando Alves (baixo), Sérgio Fernandes (trombone, baixo Tecla, CS-80, piano e vocal), Jorge Waldir Barreto (CS-80, Mini-Moog), Ariovaldo Contesini e Paulo Humberto (percurssão), nos metais Bidinho, Serginho do Trombone e Zé Carlos, Mário Monteiro, o Picolé (bateria em "Pura") e nos vocais, Ronaldo Barcellos, Tony Bizarro, Jorjão e Serginho. O disco foi gravado no Guerenguê Estúdio - Rio de Janeiro. Os hits "Pura" e "Festa Funk", já são clássicos, "Raça" tem a participação de Erasmo Carlos e "Tô Parado na Tua", mais "São Paulo (High Society)", listam dos grooves mais que essencias. Um abraço ao Chicavalo - que postou esse disco e a todos os eqüinos do blog Cavalo 23!!!