sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Os Diagonais (1969)

Primeiro registro do grupo vocal liderado pelo cantor e compositor Cassiano, Os Diagonais (Epic, 1969) álbum percursor da soul music no Brasil, pelas suas harmonias vocais e pelos ataques de metais no melhor estilo Motown. Contém duas composições de Cassiano, "Clarimunda" e "Não Dá Prá Entender", e as outras boas músicas são: "Baby, Baby", "Solução/Cabelos Brancos", "Na Baixa do Sapateiro/Helena", "Meu Sonho é Você/Sabe Deus", a doideira de juntar "Praça Onze/Batmacumba", "Siga/Célia" e "O Trem Atrasou/Atire a Primeira Pedra". Vale a audição!!!

Edu Lobo - Missa Breve (1973)

Um dos artistas mais respeitados da música popular, Edu Lobo lançou Missa Breve (Odeon, 1973) uma obra com destaque para os seus arranjos e orquestrações, que evidenciam as nuances das canções deste disco, como na magnífica "Vento Bravo", "Porto do Sol", "Viola Fora de Moda", "Zanga, Zangada", "Libera Nos" e "Oremus" com participação de Milton Nascimento.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Johnny Alf

Alfredo José da Silva ou Johnny Alf, nasceu no Rio de Janeiro em 19 de maio de 1929. Começou a aprender piano clássico aos nove anos, com Geni Borges, amiga da família, logo despertando interesse pelos compositores do cinema norte-americano, como George Gershwin e Cole Porter. Cursou até o segundo ano do colégio Pedro II, onde entrou em contato com o pessoal do Instituto Brasil-Estados Unidos, que o convidou para participar de um grupo artítico e por sugestão de uma amiga norte-america, adotou o pseudônimo de Johnny Alf.

Através de Dick Farney e Nora Ney foi contratado em 1952 como pianista da récem-inaugurada Cantina do César, de propriedade do radialista e apresentador César de Alencar, dando ínicio a sua carreira profissional. Logo depois, foi convidado a integrar o grupo que o violinista Fafá Lemos organizou para tocar na boate Monte Carlo. Nessa época, a convite do produtor Ramalho neto, gravou na Sinter seu primeiro disco, um 78 rpm com música instrumental (piano, contabaixo e violão) de influência jazzística , com "Falsete", de sua autoria, e "De Cigarro em Cigarro" de Luiz Bonfá. Mais tarde revezando-se com o pianista Newton Mendonça, tocou na boate Mandarim, indo depois para o Clube da Chave, boates Drink e Plaza. De seu repertório, duas composições começaram a se destacar, "Céu e Mar" e "Rapaz de Bem", esta escrita por volta de 1953 e considerada, em termos melódicos e harmônicos, como música revolucionária e percusora da bossa nova. Em 1955 foi para São Paulo, onde tocou na boate Baiúca e no bar Michel, neste último com os então iniciantes Paulinho Nogueira, Sabá e Luís Chaves. De passagem pelo Rio, no mesmo ano gravou na Copacabana o primeiro 78 rpm importante de sua carreira, com "Rapaz de Bem" e "O Tempo e o Vento", também de sua autoria. Seis anos depois gravou na RCA seu primeiro LP, "Rapaz de Bem", que obteve grande êxito. Ainda em 1961, recebeu convite do compositor Chico Feitosa para tocar no Carneggie Hall, em Nova York, mas não viajou, permanecendo em São Paulo. No ano seguinte retornou ao Rio de Janeiro, tocando no Bottle's Bar e formou um conjunto com o baixista Tião Neto e o baterista Edison Machado, apresentado-se no Little Club e Top Club.

Radicado em São Paulo, continua compondo e fazendo shows em casas noturnas, além de gravar ocasionalmente, e sua maneira de cantar e se acompanhar ao piano influenciou legião de cantores e pianistas, principalmente na fase pré-bossa, onde os ainda moleques João Gilberto e Menescal iam aonde ele estivesse tocando.

Fonte: mpbnet
Rapaz de Bem (RCA, 1961) primeiro LP do mestre Alf, onde brilha composições como "Rapaz de Bem", "Fim de Semana em Eldorado", "Vem" e "Ilusão à Toa", todas de sua autoria e "Tema Sem Palavras" de Maurício Einhorn e Durval Ferreira. (link umquetenha)
Diagonal (RCA, 1964) disco explosivo, sensacional, sensual e cheio de balanço, com um time de músicos do quilate de: Celso Murilo (piano), Neco (violão), Luis Marinho (baixo), Edison Machado (bateria), Santos, Maurílio, Hamilton, Julinho e Wagner (piston), Zé Bodega, Aurino, Macaxeira e Norato (sax) e Jorginho (flauta). Johnny executa com propriedade os temas "Disa", "O Céu e Você", "O Bondinho do Pão de Açúcar", "Podem Falar", "Vejo a Tarde Cair", "Seu Chopin, Desculpe" e "Céu e Mar", na minha opinião o melhor de seus trabalhos.
Ele É (Parlophone, 1971) trata-se de um fino registro, com as participações de Hélio Delmiro no violão e de Os Três Morais nas vozes, desfilando elegância jazzística nas músicas "Leme", "Despedida de Mangueira", "Garota da Minha Cidade", "Canto Para Pai Corvo", "Eh, Mundo Taí" e na bela "Anabela".

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Edson Frederico e a Transa (1975)

Edson Frederico, pianista/arranjador/compositor, iniciou sua carreira em 1965 tocando piano em shows de Elis Regina e Vinicíus de Moraes. A partir de 1970 foi orquestrador da TV Tupi, permanecendo até 1974, quando foi contratado pela TV Globo, por essa época atuou como pianista da Banda Veneno de Erlon Chaves.

Seu primeiro LP solo é o Edson Frederico e a Transa (RCA, 1975), cheio de suingue e balanço nas músicas "Tava Mas Não Tava", "Bobeira" e "Babuíno" as três da dupla Orlandivo e Duda, "Ginga, Gira, Giré", "Sacode Carola", "Sambané" e "Lígia", bela composição do maestro Tom Jobim.


Atuou como maestro e orquestrador do show "Tom Vinicius, Toquinho e Miucha", realizado no Canecão (RJ), em 1977. Em 1980, for
mou a Orquestra Metalúrgica Dragão de Ipanema, inaugurando a casa noturna Noites Cariocas, no Morro da Urca (RJ). Em 1999, publicou o songbook "O melhor de Edson Frederico" (Ed. Vitale). Em 2000, fez arranjos e regência para o "Especial 100 Anos de MPB (Rede Globo). Nesse mesmo ano, lançou o livro "Música: uma breve história" (Ed. Vitale).

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Milton Banana

Milton Banana Trio (Odeon, 1970) este disco é para fechar com chave de ouro, contando com o competente Wanderley (piano) e José Alves (baixo), o álbum abre com "Vou Deitar e Rolar (Quaquaraquaqua)" de Baden Powell e Paulo César Pinheiro, tem triplo Jorge Ben com "Se Você Quiser Mas Sem Bronquear", "Vendedor de Bananas" e "Take It Easy My Brother Charles", a infálivel dupla Roberto/Erasmo com "Coqueiro Verde" e Paulinho da Viola em "Foi Um Rio Que passou em Minha Vida". Essencial!
O Trio (Odeon, 1968) amparado por Wanderley (piano) e Azeitona (contrabaixo), Milton Banana desfila suas batidas ritmadas em canções como "Bom Tempo" e "Ela Desatinou" de Chico Buarque, em "Samba do Perdão" de Baden Powell e Paulo César Pinheiro, na clássica "Da Cor do Pecado" de Bororó, "Ultimatum" dos irmãos Valle, "Segure Este Samba (Ogunhê)" de Oswaldo Nunes, e mais outras. Altamente recomendável!
Todo Dia É Dia (Odeon, 1968) com músicas de autoria de Chico Buarque em "Roda Viva", Milton Nascimento com "Travessia", Caetano Veloso "Alegria, Alegria", Vinicíus de Moraes e seu "Samba da Benção" e Gilberto Gil com a explosiva "Procissão", destaco a faixa "O Caderninho" de Olmir Stocker, sucesso na voz de Erasmo Carlos.

sábado, 23 de agosto de 2008

Milton Banana Trio

O Som do Milton Banana Trio (Odeon, 1967) com um repertório mais maduro, onde compositores da nova geração que estavam despontando como Chico Buarque em "Quem Te Viu Quem Te Vê", Gilberto Gil e João Augusto com "Roda" e Sidney Miller em "Pede Passagem", se fazem presentes. Mesclado com históricos autores do porte de Pixinguinha em "Lamento" e "Mundo Melhor", as duas canções em parceria com Vinicíus de Moraes, que também aparece com Baden Powell em "Apelo", e contudo, há espaço para uma popular música da dupla Mário Lago e Ataulfo Alves "Aí Que Saudade da Amélia". Imperdível!
Balançando (Odeon, 1966) agora acompanhado de Cid (piano) e Mário (baixo), balançam as estrutras com "Cidade Vazia", "Barquinho Diferente", "A Resposta", "Feitinho pro Poeta", "Sonho de Um Carnaval" e "Aruanda" por exemplo, não tem como ficar indiferente, um discaço!

(Odeon, 1965) acompanhado dos mesmos músicos do disco anterior e com o reforço de Lyrio Panicalli na direção musical, executam os temas "Estamos Aí", "Vê", "Bananadas", "Arrastão", "Das Rosas", "Opinião", "Não Bate o Coração" e entre outras, com extrema competência e equilíbrio.

Milton Banana

Milton Banana (23/04/1935 - 22/05/1999) foi um dos músicos mais importantes da Bossa Nova, pela suas inúmeras gravações acompanhando diversos artistas e também por esbanjar categoria no seu estilo de tocar samba na bateria.

Nos anos 60 formou o seu grupo "Milton Banana Trio", que além de atuar nas boates, registrou vários LP's.

Milton Banana Trio (Imperial, 1965) excelente álbum, onde acompanhado de Wanderley (piano) e Guará (baixo), interpretam eternos clássicos do quilate de "Garota de Ipanema", "Samba de Verão", "Samba do Avião", "Ela é Carioca" e "Inútil Paisagem", mas destaco as faixas "Noa...Noa" e "Primitivo" - que inclusive fazem parte de coletanêas de samba-jazz produzidas pelo mundo, como as melhores do disco.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Di Melo

O pernambucano Di Melo chegou em fins dos anos 60 a São Paulo, e recomendado pelo Babulina tocou na boate Jogral e excursionou ao Japão com Jorge Ben e Trio Mocotó, onde registrou um disco. Em 1975 lançou pela Odeon seu LP homônimo, que contava com as participações de Hermeto Pascoal e do guitarrista Heraldo do Monte, e a canção "Kilariô" obteve algum sucesso. Redescoberto nos anos 90 por Dj's ingleses, pela inclusão da sua música "A Vida Em Seus Métodos Diz Calma" na coletânea de música brasileira "Blue Brazil" editada pelo tradicional selo Blue Note. Apesar de pouco famoso, Di Melo é um artista de primeira que merece reconhecimento e outras das suas canções que estão incluídas neste seu disco como "Pernalonga" e "Se o Mundo Acabasse em Mel" por exemplo, são muito boas e como li em um comentário de Carlos Queiroz: "O apuro musical e seu 'deboche' sutil e elegante parecem prematuros para a data do disco". Escute aí e curta a viagem!

sábado, 16 de agosto de 2008

Dorival Caymmi "O que é que a bahiana tem"

Dorival Caymmi

Homenagem ao grande compositor e cantor Dorival Caymmi, que morreu neste sábado dia 16/08 aos 94 anos no Rio de Janeiro, esse ano tá brabo o negócio, mais um mestre que parte e deixa saudades.

Caymmi começou a carreira musical em programas de rádio na Bahia, ainda na década de 30. Mudou-se para o Rio em 1938, ano em que lançou o samba "O que É que a Baiana Tem?", de sua autoria. Carmen Miranda interpretou a canção no filme "Banana da Terra" e recebeu instruções do compositor para dançá-la.

Sua canção "O Samba da Minha Terra", de 1940, teve também grande sucesso, com os versos "Quem não gosta de samba/ Bom sujeito não é/ É ruim da cabeça/ Ou doente do pé". No mesmo ano, ele se casou com Stella Maris, que viria a ser sua companheira de toda a vida. A primeira filha do casal, Dinahir --que se tornaria a cantora Nana Caymmi--, nasceu em 1941, ano de "É doce morrer no mar", música sua em parceria com o escritor Jorge Amado, e de "Você já foi à Bahia?". O segundo filho, Dorival --que se tornaria o músico Dori Caymmi--, nasceu em 1943, e o terceiro, Danilo --também músico--, em 1948.

Na época, Caymmi atuou no filme "Estrela da Manhã", baseado em argumento de Jorge Amado.

A década de 50 trouxe os primeiros LPs de Caymmi, entre eles "Canções Praieiras". Já o sucesso "Maracangalha" veio em um disco de 78 rpm de 1956, e "Saudade da Bahia" foi apresentada ao público em um programa de TV, no ano seguinte. Outros Lp's essencias são "Caymmi e Seu Violão" (1959), "Eu Não Tenho Onde Morar" (1960) e o magnífico "Caymmi e o Mar" (1957) com participação de cantora Sylvia Telles.

Com o sucesso de uma canção sua, "Das Rosas", nos EUA, na década de 60, ele lançou o álbum "Caymmi (Kai-ee-me) and the Girls From Bahia" no país.

Em 1975, compôs "Modinha para Gabriela", para a trilha sonora da novela "Gabriela", da Rede Globo, baseada no romance "Gabriela Cravo e Canela", de Jorge Amado. A canção fez sucesso na voz de Gal Costa.

Ao completar 70 anos, em 1984, recebeu diversas homenagens, entre elas o título de Cidadão Honorário pela Câmara de Vereadores do Rio. Na década de 90, sua produção musical diminuiu; em 2001, compôs em parceria com o filho Danilo e com Dudu Falcão a canção "Caminhos do Mar", interpretada por Gal Costa --no mesmo ano, a Editora 34 lançou a biografia "Dorival Caymmi - O Mar e o Tempo" escrita por sua neta, Stella Caymmi, filha de Nana.

A paixão de Caymmi pelo mar foi assim lembrada pelo letrista Paulo César Pinheiro: "seu violão tem cordas de sargaço/ e foi cortado de um pedaço/ de uma velha embarcação/ (...) / a voz é de arrebentação/ (...) Caymmi tem espumas no cabelo." Além do mar e da música, outra grande paixão de Caymmi era a pintura.

Conhecido pelo sorriso aberto, Caymmi declarou, aos 90 anos: "Não sou de dores nem de queixas".

Fonte: "Folha Explica Dorival Caymmi", de Francisco Bosco

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Ed Lincoln

Eduardo Lincoln Barbosa Sabóia, cearense de 31/05/1932. Chegou ao Rio de Janeiro em 1951 e tocando baixo, logo formou um grupo com o pianista Luís Eça, do qual passaram João Donato, Milton Banana e Baden Powell. Atuou na boate Drink's, no conjunto de danças de Djalma Ferreira, e diz a lenda que certa vez o tecladista Djalma estava doente, Lincoln foi intimado a assumir o órgão, nunca tinha tocado o instrumento, mas sua experiência foi boa e nunca mais abandonou as teclas.

A partir do final dos anos 50 começa acompanhar d
iversos artistas em gravações e nos 60 registra seus primeiros álbuns na Musidisc, gravadora em que também foi produtor musical, e seu conjunto é um dos mais requistados para se apresentar nos bailes, do qual ganha a alcunha de o Rei dos Bailes. "Eu fazia bossa em boates para dançar, por isso tinha um estilo dançante", relembra Ed Lincoln em entrevista à Revista Bizz de agosto de 1999. Em suas orquestras atuaram como crooners os cantores Orlandivo, Toni Tornado, Silvio César, Emílio Santiago, Humberto Garin e Pedrinho Rodrigues. Também atuaram em seus conjuntos diversos músicos consagrados, entre os quais Eumir Deodato, Durval Ferreira, Márcio Montarroyos, Luis Alves, Wilson das Neves, Paulinho Trompete e Celinho.

Nos anos 70 começou a se afastar dos bailes para se dedicar aos estúdios como instrumentista e produtor. Atualmente, tem retomado as atividades com alguns shows e gravando com alguns nomes da nova geração.

Ao Teu Ouvido (1960) Primeiro álbum de Ed Lincoln com seu estilo inconfundível de som do órgão. Destaque para "Saudade Fez Um Samba" de Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli, mais "Se Você Soubesse", "Sedução" e "Carioca".
Órgão Espetacular (Musidisc, 1961) LP com uma das capas mais bacanas, o repertório passeia por standards nacionais como "Aquarela do Brasil", "Teléco-Téco Nº2", "O Amor e a Rosa", uma composição sua com Silvio César "Vivendo e Apredendo", com músicas estrangeiras como "Ai Mourrir Pour Toi" de Charles Aznavour e "Sentimental Journey".
Seu Piano e Seu Orgão Espetacular (Musidisc, 1963) destaque para o repertório bossa nova com "Só danço samba", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes; "Influência do jazz", de Carlos Lyra; "Vamos balançar", de Carlos Imperial, "Balansamba", de Luiz Bandeira; "Um samba gostoso", de sua autoria; "Pra que?", de Silvio César; "Tristeza", de sua autoria e Luiz Bandeira e "Olhou pra mim", de sua parceria com Silvio César.
A Volta (Musidisc, 1964) um de seus melhores trabalhos, em especial por ser a sua volta, após um sério acidente de carro em 1963, que o manteve fora das atividades musicais por cerca de sete meses. As músicas incluídas neste álbum são as excelentes "Ai Que Saudade Dessa Nega", "Palladium", "Na Onda do Berimbau", "Deixe Isso Prá Lá", "Vou Andar Por Aí", "The Blues Walk" entre outras.
Ed Lincoln (Musidisc, 1966) Registro com alguma influência da jovem guarda, nota-se com as divertidas "O Ganso", "É o Cid" e "Ali Tem", mas tem as pedreiras "Cochise" - considerada uma de suas melhores interpretrações com sua levada contagiante, a bossanovista "Balanço Azul" e "Eu Não Vou Mais". (link Blog do Pimentel)
Ed Lincoln (Savoya, 1968) primeiro álbum do seu selo independente Savoya Discos, além de Ed Lincoln no órgão e nos arranjos, os músicos que o acompanham: Durval Ferreira (guitarra), Luiz Marinho (baixo), Alex Papa (bateria), Orlann Divo (vocais), Garin (percussão), Tony Tornado (percussão), Celinho (piston) e Claudinho (piston). Um dos seus discos de maior prestígio, sendo incluisve relançado pela inglesa Whatmusic, os destaques ficam por conta dos títulos "Zum Zum Zum", "Catedral", "Já Estou Aqui", "Sack O'woe (Saca-uô)" e "Waldemar"

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Isaac Hayes

Pequena homenagem ao grande Isaac Hayes, que infelizmente faleceu neste dia 10, mas para nossa sorte ele nos deixou uma obra irretocável, aqui vemos alguns de seus trabalhos.

Hot Buttered Soul (Stax, 1969) primeiro álbum do mestre, que já mostra ao que veio, clássico do começo ao fim. Títulos inclídos "Walk On By", "By The Time I Get The Phoenix", "One Woman" e "Hyperbolicsyllabicesqued".

Black Moses (Stax, 1971) fundamental LP de Hayes no auge com grandes orquestrações para pérolas como "Never Can Say Goodbye", "Never Gonna Give You Up", "Help Me Love","Your Love Is So Dogonne Good" e a sampleada "Ike's Rap II".
Shaft (Stax, 1971) trilha sonora do filme "Shaft", que projetou a carreira de Isaac Hayes, a canção-título levou um Oscar e um Grammy. Esta trilha composta por Hayes e excutada em parceria com os músicos da banda Bar-Kays é espetacular, destaque para canções como "Cafe Reggio's", "Do Your Thing", "Ellie's Love Theme", entre outras.

Truck Turner (Stax, 1974) espetacular trilha sonora do filme, em que Issac Hayes compõe a trilha e atua como ator - uma das funções que gostava de exercer, e que inclui funkys como: "Pursuit Of The Pimpmobile", "House Full Of Girls", "Drinking", "Give It To Me", "Now We're One", "Breakthrough", "House of Beauty" e o tema "Truck Turner".

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Morre nos Estados Unidos o cantor Isaac Hayes

O cantor americano Isaac Hayes, astro do soul nos anos 70, morreu aos 65 anos na madrugada deste domingo (10) em Memphis, no Tennesse. O cantor foi o primeiro artista afro-americano a ganhar um Oscar de melhor canção original pelo filme "Shaft", de Gordon Parks.

Hayes foi encontrado inconsciente próximo a uma esteira ergométrica em sua casa, segundo contou à polícia o porta-voz do artista, Steve Schular. Uma equipe de paramédicos tentou reanimá-lo, mas o cantor não resistiu e morreu a caminho do hospital

A causa da morte ainda não foi divulgada. Segundo a polícia, não há indícios de crime.

Isaac Hayes nasceu no dia 20 de agosto de 1942, em Covington, no Tennesse. Ele perdeu os pais ainda na infância e foi criado pelos avós.

Aos cinco anos, começou a cantar no coral da igreja de sua cidade, onde aprendeu a tocar sozinho piano, órgão e saxofone. Já adulto, mudou-se para Memphis, onde fundou bandas como Sir Isaac and Doo Dads, The Ten Tones, entre outras.

Hayes foi durante muitos anos compositor e arranjador da gravadora Stax Records, em Memphis. Ele também foi backing vocal de artistas como Otis Redding e Sam & Dave, nos anos 60.

Seu primeiro álbum-solo foi lançado em 1967, "Presenting Isaac Hayes". Mas foi o álbum "Hot buttered soul" que o transformou em uma estrela musical em 1969.

"Shaft", o grande hit

Em 1971, o tema do filme "Shaft", cantado por Hayes, se tornou um grande hit pop e levou o Oscar de "melhor canção original". Graças à música, Hayes também ganhou um Grammy.

Hayes também compôs outros clássicos do soul como "Soul man" e "When something is wrong with my baby". Em 1972 ganhou outro Grammy por seu álbum "Black moses".

Para as gerações que não conheceram o trabalho do ídolo do soul nos anos 70, Hayes era famoso pela dublagem do personagem "Chef", da série de animação "South park". Hayes emprestou seu vozeirão ao personagem entre 1997 e 2003.

Adepto da cientologia - religião bastante divulgada pelo astro Tom Cruise - o cantor decidiu abandonar a equipe de "South Park" por considerar que a série de humor debochava da seita.

Em 2000, Hayes teve a oportunidade de "reencontrar" seu grande triunfo. Na refilmagem de "Shaft", dirigida por John Singleton e estrelada pelo ator Samuel L. Jackson, o cantor faz uma pequena participação como o personagem "Mr. P".

Um ano depois, Hayes fez mais um grande trabalho musical. Ele produziu os arranjos do disco "Songs in a mirror", da então cantora-revelação Alicia Keys.

O artista ganhou uma estrela na calçada da fama de Rock em 2002

Fonte: globo.com

domingo, 10 de agosto de 2008

Curtis Mayfield - Curtis (1970)

Fantástico e essencial, Curtis (Curtom, 1970) o primeiro álbum solo de Curtis Mayfield, ex-líder do conjunto de The Impressions. Sua importância é justificada pela genialidade dos arranjos, das orquestrações e das letras de teor social, rompendo com a temática romântica predominante na soul music, abrindo portas e dando um novo rumo à música black americana. Músicas como "(Don't Worry) If There's A Hell Bellow", a sensacional "Move On Up", "We The People Who Are Darker Than Blue", as belas "The Making Of You" e "The Other Side Of Town", fazem parte deste LP, que deve ser ouvido de modo especial para se prestar atenção nas sutilezas das composições de Mayfield.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Os Tatuis (1965)

Um dos primeiros trabalhos do pianista José Roberto Bertrami, que junto com Cláudio Henrique Bertrami (baixo), Elizeu de Campos Vieira (bateria), Og Vasconcelos (sax tenor), Ivo Mendes (piston) e Aresky Aratto (orgão), registraram Os Tatuis (Farroupilha, 1965), com arranjos de José Bertrami. Um clássico Samba Jazz, onde destacam-se a composição de Bertrami "A Bossa do Zé Roberto", mais "Nuvens", "Vivo Sonhando", "Sou Sem Paz", entre outras composições de Tom Jobim/Vinicíus/Menescal/Bôscoli/Carlos Lyra.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Tim Maia

* Este post é dedicado a minha namorada, que é uma pessoa muito importante em minha em vida e está de aniversário hoje, e para comemorar esta data especial, escolhi quatro álbuns do Tim, que embalaram muitos dos nossos bons momentos, com um quarteto de canções: "Venha Dormir em Casa", "Lábios de Mel", "Eu e Você, Você e Eu (Juntinhos)" e "Nuvens". Parabéns e obrigado por tudo!!
Não é preciso falar de Tim Maia, apenas dizer que era um magnífico cantor, doidão, carismático, popularizou a soul music no Brasil e deixou registrado pérolas da música nacional.

Tim Maia (Som Livre, 1977) além da citada "Venha...", tem a instrumental "Flores Belas", "Pense Menos" - que fez parte da trilha sonora da novela global Sem Lenço, Sem Documento, as baladas "Leva Meu Blue" e "Música Para Betinha"

Reencontro (Odeon, 1979) um dos seus melhores LP's, produção e arranjos de Lincoln Olivetti, canções incluídas: "Prá Você Voltar", "Reencontro", "Vou Correndo Te Buscar", as dançantes "Boggie Esperto" e "Vou Com Gás", a belíssima instrumental "Geisa" e o sucesso "Lábios de Mel".

Tim Maia (Polydor, 1980) um álbum maduro, constatados em canções como "Não Vá", "Nissei Linda", "Nossa História de Amor", "Voce e Eu" e a genial "Tudo Vai Mudar"

Nuvens (Seroma, 1982) lançado pela sua gravadora, não obteve na época seu merecido destaque, mas na minha opinião é um dos seus melhores discos. Abre com a soberba "Nuvens", segue com a suingada "Outra Mulher", o funk-ecológico "Ar Puro", a autobiográfica "Ninguém Gosta de Sentir Só", as festivas "A Festa" e "Hadock Lobo Esquina com Matoso", uma regravação da romântica "Casinha de Sapê" e fecha com o manifesto a vida, "Sol Brilhante" - um clássico.